EMATER

 

O Serviço de Extensão Rural, no Paraná, foi criado em 20 de maio de 1956, em decorrência de convênio entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos. Era então denominado Escritório Técnico de Agricultura -  ETA Projeto15. 

Inicialmente, eram apenas 09 engenheiros agrônomos e 11 técnicas sociais, sendo os 07 primeiros escritórios instalados nos municípios de  Foz do Iguaçu, Campo Largo, Prudentópolis, Rebouças, São Mateus do Sul, Toledo e União da Vitória.


Com a extinção do ETA Projeto15, diversas entidades paranaenses ligadas à agricultura, reconhecendo a importância das atividades desenvolvidas, assumiram a responsabilidade pelo Projeto, dando-lhe nova denominação. Assim, em 4 de dezembro de 1959, era criada a ACARPA - Associação de Crédito e Assistência Rural do Paraná, entidade civil, sem fins lucrativos, filiada à Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural - ABCAR e vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB.

Em 1977, através da Lei 6.969, era criada a Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER-Paraná, com a finalidade de absorver as atividades da ACARPA, que iniciou seu processo de extinção

Em 23 de dezembro de 2005, a EMATER tem modificado seu regime jurídico, passando de empresa pública para autarquia, passando a denominar-se Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER.



O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER) comemora 50 anos de atuação da Extensão Rural oficial no Paraná, no dia 20 de maio. Em todo o estado agricultores, lideranças e profissionais do setor agropecuário lembram o cinqüentenário da criação do serviço oficial de Extensão Rural no Paraná, responsável por inúmeras conquistas do setor produtivo paranaense.

A história da EMATER remonta ao ano de 1956, quando foi implantado no Paraná o ETA-Projeto 15, em conseqüência de um acordo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos. O objetivo era executar um programa de cooperação agrícola, atuando nos campos de educação, pesquisa, conservação de recursos naturais, produção agrícola e pecuária, economia doméstica e extensão rural. Três anos depois o projeto ganharia o corpo de uma instituição que consolidou o serviço de assistência técnica aos agricultores, a ACARPA.
Atuando junto às famílias rurais, a então Acarpa foi um dos principais agentes de uma verdadeira revolução na agricultura paranaense, transformando-a em modelo para o país. A partir de 1977 a Acarpa muda sua razão social para EMATER-Paraná. A mudança não mudou a missão da empresa. Neste período se consolida no Estado o movimento cooperativista de produção agropecuária, com a extensão rural fomentando e assessorando dezenas de cooperativas que hoje conduzem o desenvolvimento do meio rural. Também foi por meio da ação dos extensionistas que os paranaenses viram expandir o associativismo formal e informal.

Na crise do café, foi a Extensão Rural, através da então ACARPA, fomentou a expansão de explorações alternativas, como a soja, que se transformaram na base de nossa economia. No momento em que a expansão da agropecuária começava a representar uma ameaça ao meio ambiente, a Extensão Rural concentrou seus esforços em programas restauradores como o PROICS (Programa Integrado de Conservação de Solos e Águas), que se transformou no gigantesco trabalho de Microbacias Hidrográficas. Um programa que mudou o panorama da agricultura no Estado, ao conservar cerca de 7 milhões de hectares, assegurando a auto-sustentabilidade da atividade agrícola e a existência de um Paraná viável para as gerações futuras, onde se poderá produzir e viver em harmonia com a natureza.

Ao longo desses 50 anos, a Extensão Rural teve a responsabilidade ainda de executar ações de interesse dos agricultores e suas famílias, dos pescadores, dos assentados, dos trabalhadores, das mulheres e dos jovens rurais, sempre em atuação conjunta com as lideranças, articulando e mobilizando instituições ligadas ao setor. São Ações em projetos com influência direta no aumento de produção, da produtividade e da renda das propriedades.

Os extensionistas desenvolvem trabalhos na área de Bem Estar Social, no campo da nutrição, saúde, saneamento, educação e cidadania. Vale lembrar projetos de impacto como a racionalização no uso de agrotóxicos, a redução de perdas na colheita, a conservação dos solos, além do manejo de pragas e doenças nas lavouras.

Em uma época em que a preocupação com o meio ambiente toma vulto, a Extensão Rural desenvolve projetos específicos em reflorestamento, recuperando e preservando matas ciliares, conscientizando e orientando as comunidades para a necessidade da proteção adequada das fontes naturais de água. Mas a EMATER também presta orientações aos agricultores para o uso correto do crédito agrícola, em dezenas de programas de âmbito federal, estadual e regional. Entre esses, mais recentemente, o PRONAF, o Paraná 12 Meses e o Biodiversidade. São programas que garantem recursos para custeio e investimento da atividade agrícola, para a conservação e recuperação do meio ambiente e para a manutenção da assistência ao homem do campo.

Vale ressaltar que a EMATER também está presente em programas de grande alcance social como o Leite das Crianças e a Irrigação Noturna, mantidos pelo Governo estadual. São ações que contribuem para que milhares de famílias mantenham-se no processo produtivo, em condições de competir num mercado global cada vez mais exigente. Um trabalho que ajuda a evitar a migração em massa para os grandes centros urbanos. Além disso, ainda contribui na agregação de valor e renda à agricultura e ao agricultor, garantindo sua permanência no campo com qualidade de vida.

O trabalho da Extensão é feito em silêncio. Atualmente a EMATER - que passou a ser uma autarquia do governo do Estado, e ganhou o nome de Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - possui cerca de 850 extensionistas. Esses profissionais atuam em todos os 399 municípios paranaenses, percorrendo os caminhos do interior, onde um agricultor precisar da orientação de um técnico.

Além do enfoque social, vale destacar alguns números obtidos no ano de 2005. O serviço de Extensão atendeu nada menos que 169.548 produtores rurais, 97,7% deles são agricultores familiares, pescadores artesanais e trabalhadores rurais, evidenciando o comprometimento com as diretrizes federais e estaduais, que dão prioridade a esse público.

O esforço da Extensão, em parceria com os sindicatos, resultou na aplicação somente no ano de 2005, de R$ 673,9 milhões, oriundos do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (PRONAF), beneficiando 139.700 famílias de agricultores. A EMATER atua em mais de 100 projetos técnicos diferentes, programados para alcançar mais de 300 metas diferenciadas.

A cada ano os desafios se renovam e a EMATER se prepara para enfrentar e participar do futuro da agropecuária paranaense. Para tanto, a autarquia se moderniza com novas tecnologias, formação de seus funcionários e novos equipamentos. No entanto, nada é mais importante que a ação do extensionista junto ao agricultor, firmando uma relação de credibilidade construída ao longo de 50 anos de trabalho.

Público Atendido

A política de ação do Governo do Estado define como prioridade do serviço oficial de extensão rural o atendimento ao agricultor familiar, ao trabalhador rural, ao pescador artesanal, ao jovem e a mulher que moram no meio rural. 
Em 2005 a Instituição atendeu diretamente a 169.548 pessoas do meio rural, conforme quadro a seguir, onde se observa que do total atendido, 96,1% pertencem às categorias de público prioritário.



Diretor Presidente
Engº Agroº  Rubens Ernesto Niederheitmann

Diretor Técnico
Engº Agroº. Natalino Avance de Souza

Diretor Administrativo
Engº Agroº. Richard Golba

Assessoria de Gabinete
  Engº AgroºJosé Geraldo Alves

Ouvidor
Engº AgroºJosé Geraldo Alves

Acesso nosso site: https://www.emater.pr.gov.br/