Histórico

O advogado e agropecuarista Renato Antonio Fontana, foi nosso quinto presidente. Começa então uma nova faze do sindicalismo de Umuarama especialmente o Rural.
Inicia-se pela reestruturação da finalidade do Sindicato.
Nessa ocasião se contrata o primeiro secretario executivo para administrar na pratica o sindicato dando assistência diária e direta aos associados. Esse secretario, Sr. Juad El Halabi, ainda continua administrando a vida do sindicato e controlando a eficiência de todos os 10 funcionários.
Amplia-se enormemente a base sindical. Ao assumirmos nossa base era unicamente o munincípio de Umuarama. Observando a inexistência de outros sindicatos em quase todos os munincípios do noroeste, iniciamos uma campanha de orientação á todas as prefeituras da região no sentido que organizassem seus proprietários rurais em sindicatos, evitando assim que o montante de imposto sindical recolhido em cada minincípio retornasse para Curitiba.
Visitamos por volta de 20 ou 30 prefeituras, fizemos reuniões em outro tanto de câmaras municipais, arregimentado proprietários desses munincípios. Fundamos então diversos sindicatos na região, tais como Alto Piquiri, Mariluz, Moreira Sales, Altonia e os demais munincípios que não se organizaram, expandimos nossa base territorial para eles. Assim as contribuições recolhidas via Incra, Ao invés de retornarem para Curitiba, passaram a serem creditadas ao nosso sindicato.
Cria-se um Boletim Informativo mensal, que seria o primeiro Orgão Informativo de sindicatos rurais do Paraná, antes mesmo do próprio boletim FAEP.
Inicia-se a faze politica do sindicato, participando ativamente das discussões em que se decidiam os destinos da agricultura do munincípio, do estado e do País. Nosso sindicato passa a ser observado e respeitado como um dos mais ativos do Estado.
Assumimos cargos na Diretoria da Federação da Agricultura do Estado, quer na diretoria efetiva, como vice-presidente, quer em Comissões Especificas dentro da Federação.
Algumas lutas em defesas de setores locais da produção agrícola ou pastoril, marcaram época então.
Nosso primeiro embate de Fôlego, já que envolvia empresas de grande porte na área de leite, foi a respeito do mau atendimento na área de preços e pagamentos das compradoras de leite de nossos produtores. Assumimos embates respeitáveis com grandes empresas estaduais, pressionando-as e mesmo liderando greves de entrega de leite contra essas empresas que dominavam a região (Kamby, UPA-leite, Estrela, etc) de tal forma que estas pressionadas, incluso com ações na justiça, começaram a dispensar a nossos produtores um tratamento mais respeitoso.
Desse embate surgiu, dentro do nosso sindicato, a idéia da fundação de uma cooperativa de laticínios local. Em reunião memorável, nosso presidente, apoiado outros companheiros, notadamente Pedro Galharini, fundaram a COLPAR, nossa cooperativa de leite que iniciou pequena, mas depois de alguns anos já dominava a produção de leite em toda a região, expandindo suas atividades e criando postos de recebimentos e resfriamento de leite em Iporã, Cidade Gaúcha e Cianorte.
Instalada e em funcionamento a cooperativa, iniciou-se uma campanha na cidade de Umuarama, para que todos os produtores passassem a fazer parte da cooperativa, notadamente os entregadores locais de leite in natura. Foi uma luta enorme que envolveu interesses também enormes e forças políticas idem. A situação virou quase um conflito, movimentando jornais de todo o estado, autoridades de saúde e da política estadual, igreja e grandes entregadores que não queriam sujeitar-se ás normas inicialmente de saúde pública e secundariamente de aglutinação a nova cooperativa. Destacou-se nessa luta o nosso velho e querido companheiro Guará, há muito tempo ausente de nossa cidade. Temos em nossos arquivos os jornais locais e do estado onde relatam os embates, reuniões e discussões.
Outras batalhas enfrentadas pelo nosso sindicato se estenderam até a nivel nacional, notadamente por ocasião do inicio da derrocada da Cafeicultura na região, quando movimentamos dezenas de cafeicultores, transportando-os até brasilia, para pressão ao governo quanto à política do café. Merece menção e destaque nesse movimento a figura do saudoso lutador e valente Antonio Baltazar Rodrigues. Nos nossos arquivos se encontram diversas fotos desses eventos, especialmente a da partida de ônibus fretado pelo nosso Sindicato levando nossos cafeicultores até Brasília.
Mais adiante nos envolvemos em lutas pela cotonicultura e sua sustentabilidade econômica. Nessa ocasião, lutando por financiamentos justos e paga também justa, organizamos, juntamente com o sindicato dos trabalhadores rurais, bloqueio de agências bancárias. Destacou-se nessa empreitada nosso companheiro engenheiro agrônomo Humberto Vignolli.
Essa atividade política destacada em nosos meio social nos proporcionou reconhecimento e respeito de nossos companheiros agricultores. O número de associados crescia sem parar. De um numero incicial efetivo de uns trinta associados ativos, atingíamos em pouco mais de dois anos, uma cifra em volta de 300 associados.
Iniciou-se então o processo de estruturação de novos serviços aos associados. Criaram-se departamentos de atendimento direto ao associado, atendimento jurídico na pessoa do Dr. Sergio Toledo Barros, atendimento de administração trabalhista, sala de atendimento a contratos, parcerias e arrendamentos.
Com o crescimento acentuado, nossas instalações pequenas, modestas, compostas basicamente de um salão, sem divisões, passaram a serem apequenadas em demasia. Começamos então a pensar em construir espaços maiores.
Foi quando então, inciamos a construção do atual prédio na Avenida Brasil. Construímos em pouco mais de um ano, uma obra com setecentos metros de construção e, principalmente, um bom e confortável auditório para umas 150 pessoas.
Isso nos deu novo impulso, já que até então, não dispúnhamos de local próprio para nossas reuniões que eram elas realizadas em salões da igreja Umuarama, ou auditórios de outas entidades que os emprestavam.
Em 1989, concluímos pois a construção da nova sede do sindicato e nos mudamos. Passamos a ter mais importância e responsabilidades.
Treinamos nossos funcionários com competência, investindo neles anos de treinamento, qualificação e dedicação.
Nossos antigos funcionários passaram a frequentar escolas superiores e acabaram quase todos se graduando em áreas de interesse imediato dos nossos associados: assim tivemos funcionários graduados em Direito, Administração, Informática.
Especializamos-nos em nossas áreas de interesse administrativo.
E continuamos crescendo.
De um único funcionário no inicio, estamos agora mais de dez, todos altamente treinados e preparados.
Na era da informatização fomos talvez o primeiro sindicato do Paraná totalmente informatizado para emissão de folhas de pagamentos, guias de previdência, fundo de garantia, etc. Hoje emitimos mensalmente algo por volta de 800 folhas de pagamento de salários para funcionários de nossos associados á cada mês.
Quase quatrocentas propriedades rurais têm seus serviços administrativos na área do trabalho folha de salários e conexos fazem esse serviço conosco e mensalmente vem ao nosso sindicato.
Nossa assistência de orientação jurídica e outros serviços em funcioamente no sindicato fazem com que de cem a duzentas pessoas por dia transitem pelas nossas instalações.
Trabalhamos em conjunto com quase todos os órgãos ligados à agricultura no munincípio, tais como Secretaria de Agricultura do Estado, Emater, Claspar, Incra, Prefeitura, Câmara de Vereadores etc.
Fomos também o segundo sindicato do Paraná a criar e instalar nossa Comissão de Conciliação Previa ( na área do direito do trabalho) que veio a substituir a antiga e burocrática Junta de Conciliação e Julgamento da Justica do Trabalho. Agora nos mesmo, patrões e empregados na agricultura, decidimos quase todas nossa pendências trabalhistas sem necessidade de advogados, ou juízes do trabalho.
E continuamos crescendo. Apresentando mais do que uma gama imensa de trabalhos, apresentando uma qualidade de trabalho invejável. Tão eficiente que nos granjeou uma qualidade de suma importância: confiança!
Passamos alem de ser respeitados pelos nossos serviços a sermos respeitados pela qualidade que inspira confiança.
Tornamos-nos assim uma espécie de "sindicato regional" onde todos os sindicatos do noroeste buscam informações e encontram orientação segura e apoio incondicional.
Estabelecemos assim um clima de competência e confiança não só no meio dos sindicatos patronais como também no seio dos sindicatos de trabalhores rurais. Mantemos com todos um clima de alta cordialidade e respeito o que nos proporciona sempre a possibilidade de elaboração de bons Acordos Coletivos de Trabalho justos e condizentes com nossas condições sócio econômicas da região.
Passamos também a firmar convênios com entidades outras, na prestação dos mais variados tipos de serviços ou utilidades a nossos sócios. Talvez a mais produtiva atualmente seja o convênio que mantemos com o SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural com o qual realizamos cursos e treinamento de mão de obra rural em todos os níveis, desde operação e manutenção de todas as maquinas agrícolas, criação de todas as espécies de gados, trato e atividades como na área de gado leiteiro ou produção de carnes, na área social com cursos de treinamentos de mulheres como corte e custura, confecção, aliemntos, conservas, defumados, etc... Anualmente realizamos entre cem e duzentos cursos desses treinamentos, preparando e diplomando algo por volta de mil anos.
Continuando nosso crescimento, nossa área física do sindicato, apesar de seus 500 metros quadrados passou a ser pequena.
Começamos então a pensar numa ampliação dessa área. Iniciamos a construção entao de Um Anexo, em terreno adquirido aos fundos do nosso onde, em dois anos, construímos mais de 700m² de área, em três pavimentos, que passou a se denominar Centro Agro Administrativo Paulino Fontana, onde já se acham instalados: O SENAR- Escritório Regional, O auditório das Comissões, E o Escritório de Apoio Contábil para nossos associados.
Nesse Centro Agro Administrativo se pretende centralizar todos os órgãos de interesse de nosso produtor rural como Emissão de Nota do Produtor, Emissão de Atestado de Vacina, Emissão de GTA, Incra e outras repartições de interesse imediato do produtor rural e tal forma que, em vindo a cidade, encontre um só lugar todas as áreas burocráticas de suas necessidades.
Recentemente passo também por uma reforma geral no nosso prédio central, modernizando-o e ampliando. Reformamos e adequamos ás mais modernas condições nosso Auditório principal que recebeu o nosso de nosos ex-presidente da federação, Dr. Mario Stadler de Souza, numa festa que reuniu autoridades sindicais de todo o estado, autoridades administrativas e políticas. Atualmente nosos auditório, conta com 150 poltronas estofadas, ar condicionado central, sistema integrado de som, projetor de imagens, antena para vídeo conferência, quadros para projeção, copiadoras, iluminação com focos independentes e sistemas de VÍDEO-DVD. Dispomos não só desse auditório, mas de outros dois em necessária menor dimensão; um para 20 a 25 lugares tidos como Sala de Reuniões da Diretoria e outro, com capacidade entre 20 a 40 lugares denominados Auditório das Comissões Técnicas, os dois também devidamente providos de ar condicionado e outras comodidades.
Estamos agora então com aproximadamente 1.250m² de construção para o atendimento de nosso associado e demais produtores da região.
Participamos de diversas comissões a nível de munincípio ou Estado, nas mais diversas áreas de nossos interesses rurais, tais como Comissão Permanente de Meio Ambiente, de Reforma Agrária, de Mudas e Sementes, de Fibras e Óleos, de Gado de Leite, Gado de Corte, Saúde, Educação, Segurança Pública enfim temos companheiros associados nossos participando em todos os níveis das mais esferas de nosso interesse.
Uma de nossas sempre presentes preocupações foi de afastar da vida sindical os aspectos de política-partidaria de nosso munincípio. A atividade privada, mantida e direcionada por empresários do setor privado, sempre se tem revelado de mais eficiência e independência do que a pública. Lutamos sempre para mantermo-nos afastados de agremiações políticas ou de políticos, embora tenhamos sempre participado da vida política do munincípio apoiando, criticando e indicando caminhos.
Essa independência já de ser preservada sempre, pois o exemplo de sindicatos em que a política municipal se envolveu com a política sindical, todos sem exceção, se reduziram á entidades insignificantes a serviços dos grupelhos que estão no poder no momento.
Os aspectos de competência e conhecimento das regras do direito sindical também são altamente exigidos. As disputas e embates nas decisões de políticas de preços, financiamentos, juros, questões ambientais, questões fundiárias etc. Na atual fase do nosso sindicato exigem competência e conhecimentos. Esse predicados é que levaram o nome de nossa entidade á muitos cantos do Brasil e, algumas vezes até no cenário internacional quando participamos como palestrante, em encontros em outros paises.
Atingimos tal grau de respeitabilidade e precisamos conservá-lo, dar-lhe sempre maior dimensão e respeitabilidade. Isso não se faz com títulos ou cargos, mas com conhecimento, competência e, quase, dedicação exclusiva.